quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Úlcera Péptica


Conceito
Úlceras pépticas são lesões crônicas, geralmente solitárias, que ocorrem em qualquer local do trato gastrointestinal que esteja exposto à ação agressiva dos sucus pépticos ácidos. Geralmente são únicas, têm menos de 4cm de diâmetro e localizam-se em vários sítios.

Etiologia
Lesões recidivantes diagnósticadas mais frequentemente em adultos de meia-idade ou mais velhos, mas também podem ser diagnosticadas pela na juventude. Frequentemente surgem sem fatores desencadeantes óbvius e podem após um período de semanas ou meses de doença ativa, curar com ou sem terapia. Entretanto, mesmo com a cura, permanece a prediposição ao desenvolvimento da úlcera péptica, em partes devido as infecções recorrentes pelo H. pylori. As mulheres são mais afetadas durante ou após a menopausa.

Patogênese
São produzidas por desequilíbrio entre os mecanismos de defesa da mucosa gastroduodenal e as forças lesivas, praticamente do ácido gástrico e a pepsina. Entretanto a hiperacidez não é pré-requisito para elas, já que apenas uma minoria dos pacientes com úlcer duodenal tem hiperacidez, e esta é cada vez menos comum nos pacientes com úlceras gástricas. Contudo, ocorre ulceração gástrica ou há impedimento da restituição epitelial. A infecção por H.pylori é um importante fator na patogenia. Ocorre em praticamente todos os pacientes com ´´ulcera duodenali e em cerca de 70% da queles com úlcera gátrica. Além disso, a antibioticoterapia para a infecção pelo H. pilori promove cicatrização da úlçceras e tente a evitar sua recorrência. Há um grande intersse nos mecanismos pelos quais o H. piloi desiquilibra os mecanismos de defesa da mucosa: embora o H.pilori não invada os tecidos, causa uma intensa resposta imune e inflamatória. Muitos produtos gênicos bacterianos estão envolvidos na gênese da lesão celular epitelial e na indução da inflamação. O H. pylori aumenta a secreção de ácido gástrico e impede a produção de bicarbonato duodenal, reduzindo o Ph na luz duodenal. Este meio alterado favorece a metaplasia gástrica (epitélio gástrico) na primeira porção duodenal, tornando-se áreas edonizadas pelo H.pylori. A oclusão trombótica dos capilares superficiais é promovida por falta de ativação plaquetária de origem bacteriana. Outros antígenos atraem células inflamatórias para a mucosa. A mucosa cronicamente inflamada é mais susceptível a lesão ácida.

Alterações Morfológicas
Pelo menos 98% das úlceras pépticas localizam-se na primeira porção duodenal ou no estômago, na na porção de 4:1. Embora a maioria dos indivíduos tenha apenas uma úlcera, 10% a 20% dos pacientes com úlcera gástrica têm também uma úlçcera duodenal. Em qualquer parte que ocorram as úlceras pépticas crônicas, tem uma macroscopia típica facilmente reconhecível e diagnosticável. Embora mais de 50% das úlceras pépticas tenha um diâmetro menor que 2cm, cerca de 10% das úlceras benígnas são maiores que 4cm. Como as úlceras carcinomatosas podem ser menores que 4cm de diâmetro e podem estar localizadas em qualquer região do estômago, o tamanho e a localização não diferenciam uma úlcera benígna de uma malígna. A úlcera péptica clássica é redonda ou ovolada, bem delimitada e tem paredes lisas mas em forma de sacobocado. A profundidade das úlceras varia desde lesãoes superficiais até úlçceras profundamente escovadas. A aparencia histológica varia de uma necrose ativa, passando por uma inflamação crônica com cicatrização até cura.

Alterações Funcionais
A grande maioria causa desconforto epigástrico, queimação ou dor aguda e contínua. Uma minoria significativa é descoberta devido a complicações, como anamia ferropriva, hemorragia franca ou perfuração. A dor tende a piorar à noite e geralmente ocorre 1 a 3 horas depois das refeições. Classicamente a dor melhora com alimentos ou substancias alcalinas, mas há exceções. Outras manifestações são náuseas, vômitos, inchaço por flatulência, eructações e perda significativa de peso. A transformação malígna geralmente não ocorre nas úlceras duodenais e é extremamente rara nas nas úlceras gástricas. Quando ocorre , o mais provável é que a lesão aparentemente benígna fosse, desde o início, um carcinoma gástrico ulcerado disfarçado.

Degeneração - ausente
Oncose- raramente pode ocorrer
Apoptose - ausente ( necrose - presente)
Pigmentação - ausente
Calcificação - presente como fator primário
Inflamação - fenômeno dominante
Reparo- forte presença do fenômeno
Distúrbios hemodinâmicos- trombose, presente como um dos fatores primários
Alterações do crescimento - metaplasia gástrica - epitélio gástrico - presente como fator primário.
Neoplasia - raramente pode ocorrer.

Valdeneide de Carvalho Nilo Bitu
Biomedicina - turma 100.5

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